E perguntam vocês...
... quem te manda achar tantas coisas? Quem te manda sonhar? Quem te manda acreditar?
De facto... quem me manda a mim??
A ingenuidade, no meu caso, é uma profunda estupidez.
Alguma coisa contra mulheres com filhos, sozinhas no mundo e cheias de coragem?!
... quem te manda achar tantas coisas? Quem te manda sonhar? Quem te manda acreditar?
A noção de ir à terra é fantástica!
...pois é. Há para aí um filme qualquer acerca de uma teenager que, num belo dia, acorda e tem 30 anos.
Durante o tempo que fui casada vivi num ambiente, aparentemente, de grande profundidade religiosa. O meu ex marido era uma pessoa muito ligada a um determinado Movimento da Igreja Católica e isso fez amadurecer em nós, enquanto casal, uma imensa comunhão espiritual.
Ando há uma vida toda a tentar curar os meus afectos. Ganhei afectos novos que quase me fizeram acreditar que os outros já sararam.
Lembro-me que, alguns meses depois de me separar, encontrei, por acaso, um amigo do meu ex marido na rua, por sinal, um perfeito anormal (não confundir com O perfeito anormal de quem sou fã). Nessa altura era Verão, e eu tinha voltado aos decotes e à maquilhagem. Tinha voltado a ser eu. Lembro-me que ele ficou embasbacado a olhar para mim e balbuciou que eu estava diferente. Como sou uma cabra incorrigível (cujo extraordinário poder de análise me permite chegar a esta conclusão sem qualquer pudor) exclamei "Diferente??! Estou boa, quer o menino dizer!" E ele riu-se, nervosamente, e disse "pois... isso, estás boa...".
Hoje nem a Bethania me ajuda...
Odeio a minha ingenuidade em relação aos afectos e ao amor.
Há muitos, muitos anos atrás quando “descobri” Maria Bethânia, percebi que me iria acompanhar nos momentos de maior serenidade e ao mesmo tempo de desgosto (de amor apenas?... acho que não… talvez…).
O último post da DIV fez-me pensar numa série de coisas. Lembrei-me o que senti nas duas gravidezes, o quanto gostei de assim estar. Trouxe-me à memória as circunstâncias em que decorreram os partos, tão diferentes, cada um, uma experiência única. Lembrei-me do cheiro dos meus filhos, do choro, da sua doce dependência. Lembrou-me a intensidade do amor que, então, tinha pelo pai deles. Lembrei-me das esperanças que depositei nos miúdos e em nós. Lembrei-me do que falhou imediatamente e do que foi falhando...
A navegar nos blogs descobri uns sobre gravidez, bebés, vida de mãe...
Pois. Paciência. Característica que vou tendo cada vez menos para ti, pá! E o que mais me chateia é que vou ter que te aturar por um bom par de anos...
É este o título que me define neste momento.
Pois que este fim-de-semana, e porque o Senhor ia ressuscitar e tudo, decidimos encontrar-nos as três para um café de Primavera. Não de Páscoa, se bem que a nossa conversa era claramente de sexta-feira santa, mas sim de forma a podermos celebrar alegria de estarmos, em terapia de grupo, ao vivo e a cores.
Tal como a DIVertida, existem muitas coisas que esta nova condição de mãe de família monoparental me trouxe (este termo, “monoparental”, kills me…).
Pois hoje por razões de separação e de existência da filhotinha tive de vender a relíquia da minha vida um Seat Ibiza GT TDI (110 cv) de 2 lugares.
Não foi há muito tempo.
Separada!
Ontem alguém me dizia que depois de um divórcio é preciso aprender a perdoar a vida.
Hoje de manhã, para não variar, acordei atrasadíssima... Tive saudades de um tempo (que, na realidade nunca existiu, mas eu acredito que às vezes se pode etr saudades do futuro) em que eu podia tomar banho com alguma tranquilidade porque a outra parte asseguraria o vestir da Rainha e o seu pequeno-almoço.
Hoje acordei com este pensamento (bolas que até dói...!):
Depois do "falecido" ter saído de casa tive um prazer enorme: deitar-me na minha cama à hora que queria (ultimamente já ia pra cama mais cedo pra não ter de suportar uma pessoa na sala que apenas respirava...), como queria e SOZINHA...! Sensação orgástica!
Fónix!
Durante o meu processo de divórcio fui confrontada com a compaixão de muitas pessoas. O estar sozinha, ser mulher e ter uma criança com 10 meses a meu total encargo afectivo parecia despertar nos outros um sentimento de pena e de protecção que faziam de mim assim uma espécie de atrasada mental.
Conheço cada vez mais gente em fase de separação e de divórcio.
Pois estou de volta. cirurgia de curta duração e curto internamento.
Ontem à noite senti-me sozinha. A princesa esteve doente, a gemer de mimo e de febre e eu estive a velar por ela. Mas não foi nisto que me senti só. Foi em não ter com quem partilhar a minha preocupação. Foi em não ter ninguém ali ao lado que me dissesse que aquilo era só uma febrezita parva e que ela ia ficar boa num instantinho.
Amigos estarei ausente por uns dias por motivos de saúde - vou à faca!
A título de curiosidade folheei na Bertrand o livro das previsões de Paulo Cardoso para 2006.