Divorciadas, sim! E depois?

Alguma coisa contra mulheres com filhos, sozinhas no mundo e cheias de coragem?!

quinta-feira, julho 19, 2007

Reflexões "a latere"

Ontem ia para casa, ainda a pensar no telefonema do Indivíduo.
Dei-me conta de que, durante 3 anos lhe tenho vindo a aturar atitudes e palavras cujo teor oscila entre o surreal e o obsceno. Já fui vítima de agressões físicas e verbais, de atropelos à minha privacidade, de ofensas à minha integridade pessoal e de ameaças.
Ainda assim, nunca respondo com injúrias, nunca faço comentários à vida pessoal do Indivíduo e, inclusivé, já o ajudei em variadíssimas situações. Sou incapaz de lhe fazer perguntas de índole pessoal, tais como "estás feliz agora com a tua namorada?" ou "e como corre o teu trabalho?"... há espaços e limites que não devem ser ultrapassados. Eu percebi isso no instante em que saí de casa. Apesar disso, sempre tento que a relação seja civilizada, educada, mesmo quando me chama cabra ou outra coisa melhor, ou quando questiona a minha índole e conduta moral com base em ideias que construíu sozinho e que não correspondem de todo ao real...
Poucas pessoas entendem esta minha postura. Na verdade, já muita gente me perguntou como é que eu ainda lhe falo...
O meu raciocínio tem sido o seguinte:
o indivíduo é pai dos meus filhos; logo, tenho de o respeitar por isso para também me fazer respeitar.
Apesar de o ele não o fazer, eu insisito na minha conduta, pois acredito que um dia ele há-de compreender que não vale a pena alimentar um conflito que está morto e enterrado.
Ele ainda está muito, mas mesmo muito, longe disso.
Falta-lhe crescer mais um pouco. Ainda usa calções.
Mas ainda deve lá chegar...
Claro que uma pessoa também não é naïf a vida toda.
Claro que uma pessoa tem limites, e o meu foi atingido.
Claro que outras medidas se impõem agora...

quarta-feira, julho 18, 2007

Breathe in, breathe out...

É um facto.

Inegável.

Como aquelas verdades insofismáveis, do género os rios correm para o mar, as cenouras fazem bem aos olhos e o SCP fica sempre em segundo no campeonato...

Vou ter de aturar o Indivíduo (aka pai dos meus filhos) até às calendas gregas (não lhe chamo "Gajo", para não confundir com a imagem que tenho do grande filme "O Grande Lebowsky", cujo personagem principal é tratado por todos por "Dude", em português, "O Gajo" e que, é bom de ver, adorei!).

Dias há, em que até consigo gerir a santa imbecilidade e mesquinhez da criatura com a assertividade necessária para manter um diálogo de gente normal, afinal, o Indivíduo é pai dos meus filhos. Noutros, porém, é-me muito difícil... Basicamente, porque a preocupação com o respeito pelo outro, que advém da qualidade do outro ser co-progenitor das crianças, não é recíproca. E, confesso, já começo a ficar farta de aturar a falta de educação e de nível do Indivíduo .

Quando lhe disse, há semanas atrás, que ia mudar de casa, pois ia viver com o meu namorado, ficou alucinado; desde epítetos tais como "mulher de merda", passando por conjecturas à minha idoneidade e à de todos os membros da minha família e amigos, acabando num magistral ataque de ciúmes, houve de tudo. E eu, sempre a tentar manter a conversa num nível possível... até que tive de desligar. Não aturo tanto! Não tenho de o fazer!

No dia seguinte, ligava a pedir a juda com uma multa de trânsito... com a maior das latas... a resposta foi, naturalmente, que as "mulheres de merda" não desenrascam as multas aos ex's...

Agora, o Indivíduo liga-me, com uma voz muito melosa, a querer saber dos filhos e de mim, se estou bem (o que já vem fazendo há dias, e me tem trazido de orelha arrebitada...), saindo-se com o seguinte discurso:

Indivíduo: Então, estás feliz na tua nova vida?
Eu: Como?!?...
Indivíduo: Sim... perguntei se estás feliz.
Eu: Estou.
Indivíduo: Ah, então, se estás bem, temos de conversar. Se calhar já não precisas que te pague a pensão.
Eu: A pensão é para os meninos, não para mim.
Indivíduo: Mas se calhar já estás bem e não precisas; talvez agora quem precise sou eu...


Breathe in, breathe out... muitas vezes!...

quinta-feira, julho 12, 2007

Filha = beneficios financeiros

- É pá ontem vi uma cena que me deixou a bater mal!!
- (terá sido acidente?!...) Então?...
- Tenho de pagar mais de 500 euros de IRS.
- Sempre ouvi dizer que só paga quem ganha muito...
- Ou quem tem despesas sem justificação como é o caso da pensão de alimentos.
- (silêncio antes que lhe mandasse duas bojardas sem querer)
- Esta cena dela só estar dependente de um de nós perante as finanças, não tá com nada.
- (silêncio take 2. mordo as entranhas da boca e olho para alguém por perto)
- vou informar-me disso e arranjar maneira de ela também ficar agregada a mim para poder apresentar despesas.
- (silêncio take 3. Apelei a todas as energias reikianas! Salva pelo gongo: chamaram para a entrevista com nova educadora do colégio)

Utilizei metodologia de terapia emocional para ver se me passava a raiva. Aliviou naquele momento, apenas. Ficará guardada em memória residual para utilizar quando necessário.
Vou poupar-me (e poupar-vos) dos meus pensamentos...

domingo, julho 08, 2007

Ai o caraças do gajo!
Não se lhe pode chegar com um dedo que o gajo pega logo a mão toda e de imediato o braço e por aí fora.
Tá bem! eu disse que gostava que a minha filha se desse bem com a futura e não fiz cara feia em tempo algum quando ele se abriu para falar desse relacionamento, mas será que tenho de levar com ele sentado ao meu lado no hall de entrada (eu estava sentada a brincar com princesa) e ouvir que estiveram a almoçar os 3 e que hoje vai dormir a casa dela??!!!!

Tou lixada com este gajo...

Só a mim. Poupem-me...

segunda-feira, julho 02, 2007

E resulta?

Não sei se a Lei da Atracção (O Segredo) resulta, mas a propósito disto lembrei-me que por volta dos 7 anos, ao brincar ao faz de conta, era uma mulher divorciada, na conversa com uma amiga, de cigarro na mão, algumas vezes a conduzir...
Xiça! Até me assutei com a lembrança. Tudo se concretizou...

Certo é que estou divorciada (não sendo esta questão assim tão negativa), fumo umas cigarradas valentes, tenho umas amigas fantásticas com quem tagarelar e conduzir faz parte integrante da minha pessoa.