Divorciadas, sim! E depois?

Alguma coisa contra mulheres com filhos, sozinhas no mundo e cheias de coragem?!

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Grandes Portugueses

A RTP lançou o desafio e cá a moça achou fofo.

No final, de milhares ficaram 100 e depois ficaram dez. Foram grandes, vão ser sempre grandes.

(aqui entre nós assustou-me a ideia de que o ÉLIO PESTANA pudesse estar entre os 100 mais votados. Oh, meu Deus... que País é este?!? Élio Pestana?? Who the fuck is Élio Pestana???)

Os outdoors estão na rua, como se estivéssemos em plena campanha eleitoral. Eu, que votei em consciência e que vi o meu eleito na lista dos dez mais votados, volto a dizer que estou curiosÍSSIMA para saber quem vai ser o MAIOR PORTUGUÊS DE SEMPRE.

(como é que ninguém se lembrou do Adamastor??!?! Isso é que foi um ganda português, um ganda maluco... Ah, era ficção? ah, pois... E mesmo que não fosse era estrangeiro? Pois, é gajo....)

Será el-rei D. Afonso Henriques, o primeiro, o conquistador?
O Dr. Álvaro Cunhal, a inteligência e a coerência personificadas?
O Dr. António de Oliveira Salazar, o mais longo Estadista do Séc XX em Portugal?
Aristides Sousa Mendes, o Schindler português e a coragem condensada num só homem?
Fernando Pessoa, o esquizofrénico mais genial do mundo?
O Infante D. Henrique, o maior visionário da História Portuguesa?
El-rei D. João II, o verdadeiro Príncipe Perfeito?
Luís Vaz de Camões, o Poeta que melhor cantou os feitos Portugueses?
Sebastião José de Carvalho e Mello aka Marquês de Pombal?
Vasco da Gama, o homem que derrotou o Adamastor (o tal que não foi votado porque, aparentemente, era ficção, e que virou o cabo do Mundo?


(e o Velho do Restelo? Também não?? é que há praí milhares... isso é que é personificar o espírito do Zé... não? palavra?? ora foda-se... um gajo nunca pode ser inovador)


Faites vos jeux, madames e monsieurs.
Ou, como diria o Xor Sarte, os dados estão lançados.

Eu já sei em que vou (re)votar. E não, não é no Camões.
Ah, poizé!

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Dúvida existencial...

... a palavra "tesão" é, gramaticalmente, do género masculino ou do género feminino?

Diz-se "a" tesão ou "o" tesão....?

quarta-feira, janeiro 24, 2007

O Meu Lado Esquerdo


Tenho dois lados.
O Esquerdo e o Direito.
O direito é refilão, aguerrido, faz-se às brigas de peito feito, gosta de se bater pelo que é justo. Não tolera lá muito bem injustiças e arbitrariedades. Cinismo e hipocrisia dao-lhe urticária.
O esquerdo é mais calmo. É mais intimista e reserva-se àqueles de quem mais gosto. Se for preciso também arreganha as unhas, mas gosta mais de paz, de sossego. Gosta de receber em casa, aquela casa que temos quase todos no lado esquerdo, os seus amores.
E eu sou estes dois lados.
Hoje o lado esquerdo esteve doente.
Nem o direito lhe valeu.
Mas vai curar-se.
Porque os inquilinos do meu lado esquerdo estão a tratar muito bem disso.

Tears in Heaven

Este anúncio emocionou-me profundamente.
É português, foi premiado, é brilhante.

Mas continuo a achar que é chocante.
Nem por isso menos genial.

sábado, janeiro 20, 2007

Saudade...



Dia 25 de Janeiro faz 3 anos que de forma fulminante e a cumprir o seu dever, Miklos Fehér, viu cumprida a sua missão.

(ou não. O meu lado rebelde e crítico assume uma raiva figadal contra o Criador numa primeira fase e recusa-se a aceitar que alguém tão novo morra).

Eu estava grávida, o que deve ter enfatizado a situação. O desespero daquelas imagens ao vivo e a cores, levaram-me a uma dor emocional do tamanho do universo, não por ser benfiquista, mas porque me fez sentir a nossa pequenez, a nossa incapacidade de nos agarrarmos ao (o)mundo.

De repente, não somos nada...

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Super-hiper-mega-ri-Mãe!!!

(desculpem a alusão à floriseca mas no caso em apreço achei que faria todo o sentido)


Se às vezes nós, mulheres-que-trabalhamos-mas-que-nem-por-isso-deixamos-de-ser-mães-e-tal, nos esquecemos da extraordinária fibra de que somos feitas, vezes também há em que somos presenteadas com mimos de apreço e de reconhecimento.

Aqui está uma coisa que me enviaram numa altura da minha vida em que me sentia muito inútil como Mãe. O "presentinho" vinha com uma dedicatória muito especial que falava, precisamente, de admiração, de orgulho e de (muito) afecto.

Eu corei, claro.



A Mãe e o Pai estavam a ver televisão, quando a Mãe disse:
"Estou cansada e já é tarde, vou me deitar".
Foi à cozinha fazer umas sandes para o lanche do dia seguinte na escola, tirou carne do congelador para o jantar do dia seguinte, confirmou se as caixas dos cereais não estavam vazias, encheu o açucareiro, pôs tigelas e talheres na mesa e preparou cafeteira do café para estar pronta para ligar no dia seguinte. Pôs ainda umas roupas na máquina de lavar, passou uma camisa a ferro e pregou um botão que estava a cair. Guardou umas peças do jogo que ficaram em cima da mesa, e pôs a agenda do telefone no lugar. Regou as plantas, despejou o lixo e pendurou uma toalha a secar. Bocejou, espreguiçou-se, e foi para o quarto.
Parou ainda no escritório e escreveu uma nota para o professor do filho, pôs num envelope junto com o dinheiro para pagamento de uma visita de estudo, e apanhou um caderno que estava caído debaixo da cadeira.
Assinou um cartão de aniversário para uma amiga, selou o envelope, e fez uma pequena lista para o supermercado.
Colocou ambos perto da carteira.
Nessa altura o Pai disse lá da sala: "Pensei que já te tinhas ido deitar". "Estou a caminho" respondeu ela. Pôs água na tigela do cão e chamou o gato para dentro de casa.
Certificou-se de que as portas estavam fechadas.
Espreitou para o quarto de cada um dos filhos, apagou a luz do corredor, pendurou uma camisa, atirou umas meias para o cesto da roupa suja, e conversou um bocadinho com o mais velho que ainda estava a estudar. Já no quarto, acertou o despertador, preparou a roupa para o dia seguinte e arrumou os sapatos. Depois lavou a cara, pôs creme e lavou os dentes.
Nessa altura, o pai desligou a televisão e disse: "Vou-me deitar". E foi... sem mais nada. "

E, antes que me possam acusar de injustiça, permitam-me dizer que é evidente que há muitas excepções a esta situação. Mas, de um modo geral, não tenho dúvidas que esta é a realidade generalista da nossa sociedade.

E só por isso, caramba, é bom sabermos que somos (e somos, de facto!!) super-mulheres!!

terça-feira, janeiro 16, 2007

Tem dói-dói?

Este é um texto do genial António Lobo Antunes, satirizando a gripe nos machos (vulgo "homens").
O que interessa aqui concluir são duas coisas fundamentais:

1 - Eu cá sou muito gajo quando estou doente.

2 - Quero uma Lurdes lá em casa.


"Pachos na testa, terço na mão,
uma botija, chá de limão.
Zaragatoas, vinho com mel,
três aspirinas, creme na pele,
grito de medo, chamo a mulher,
Ai Lurdes que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
cala os miúdos, fecha a janela,
não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
já vejo a morte nunca te minto,
já vejo o inferno, chamas, diabos,
anjos estranhos, cornos e rabos,
vejo demónios nas suas danças
tigres sem listras, bodes sem tranças
choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo.
Não é o pingo de uma torneira,
põe-me a Santinha à cabeceira,
compõe-me a colcha,
fala ao prior,
pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.
Faz-me tisanas e pão de ló,
não te levantes que fico só,
aqui sózinho a apodrecer,
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer. "


Genial, hã?

É um artista português.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Socorro!!!

Há por aí algum manual de Direito Comercial do Dr Miguel Pupo Correia a mais!?... é que o meu foi "descontinuado" a partir do 4º parágrafo!

Raio das "traças", opá!!!

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Planos? É disso que se fala?

Recebi isto, há uns tempos, por email... E, cem anos que viva, sempre que ler estas palavras, hei-de sempre reconhecer alguém que me é fundamental e pensar que é exactamente isto que quero ser como Mãe.

O meu sonho é, portanto, ser uma Mãe má.

"Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva um Pai, eu hei-de dizer-lhes:
- Eu amei-vos o suficiente para ter perguntado onde vão, com quem vão, e a que horas regressam a casa.
- Eu amei-vos o suficiente para ter insistido que juntassem o vosso dinheiro e comprassem uma bicicleta, mesmo que eu tivesse possibilidade de a comprar.
- Eu amei-vos o suficiente para ter ficado em silêncio, para vos deixar descobrir que o vosso novo amigo não era boa companhia.
- Eu amei-vos o suficiente para vos obrigar a pagar a pastilha que "tiraram" da mercearia e dizerem ao dono: "Eu roubei isto ontem e queria pagar".
- Eu amei-vos o suficiente para ter ficado em pé, junto de vós, 2 horas, enquanto limpavam o vosso quarto (tarefa que eu teria realizado em 15 minutos).
- Eu amei-vos o suficiente para vos deixar ver fúria, desapontamento e lágrimas nos meus olhos.
- Eu amei-vos o suficiente para vos deixar assumir a responsabilidade das vossas acções, mesmo quando as penalizações eram tão duras que me partiam o coração.
- Mais do que tudo, eu amei-vos o suficiente para vos dizer NÃO quando eu sabia que me iriam odiar por isso.
Estou contente, venci, porque no final, vocês venceram também. E, qualquer dia, quando os vossos filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os Pais, vocês irão dizer-lhes, quando eles vos perguntarem se vossos Pais eram maus ..."que sim, eram maus, eram os Pais piores do mundo."
- Os outros miúdos comiam doces ao pequeno almoço, nós tínhamos de comer cereais, leite, tostas ou iogurtes.
- Os outros miúdos bebiam Coca-cola ao almoço e comiam batatas fritas, nós tínhamos de comer sopa, o prato e fruta. E, não vão acreditar, os nossos Pais obrigavam-nos a jantar à mesa!!
- Os nossos Pais insistiam em saber onde nós estávamos a todas as horas. Era quase uma prisão.
- Eles tinham de saber quem eram os nossos amigos, e o que nós fazíamos com eles.
- Eles insistiam que lhes disséssemos que íamos sair por uma hora, mesmo que demorássemos só uma hora ou menos.
- Nós tínhamos vergonha de admitir, mas eles violaram as leis de trabalho infantil. Nós tínhamos de lavar a loiça, fazer as camas, lavar a roupa, aprender a cozinhar, aspirar o chão, pôr o lixo lá fora e todo o tipo de trabalhos cruéis. Eu acho que eles nem dormiam a pensar em coisas para nos mandar fazer.
- Eles insistiam sempre connosco para lhes dizermos a verdade.
- Na altura em que éramos adolescentes, eles conseguiam ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata.
- Os Pais não deixavam os nossos amigos buzinarem para nós descermos. Tinham de subir, bater à porta, para eles os conhecerem.
- Enquanto toda a gente podia sair à noite com 12, 13 anos, nós tivemos de esperar pelos 16.
- Por causa dos nossos Pais, nós perdemos imensas experiências da adolescência. Nenhum de nós, alguma vez, esteve envolvido em roubos, actos de vandalismo, violação de propriedade, nem foi preso por nenhum crime. Foi tudo por causa deles, que foram pais maus. "

Quando for grande eu quero ser uma Mãe má.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Os meios-poderes

Muitos, de entre todos os que me conhecem, acham que eu tenho mau feitio. Alguns, sabem que os "maus fígados" advêm de uma extraordinária intolerância a tudo quanto são injustiças e tratamentos discriminatórios, injustificados e fruto de meras incompatibilidades de feitios. E mais sabem que estas coisas, para mim, quando transportadas para o universo profissional, ainda me dão mais ataques de fígado.
E se já me alteram o metabolismo quando é com os outros, quando a coisa se passa comigo, ... enfim... venham de lá litros de sais de fruto!...

Por me conhecer, por saber que por vezes, tendo razão no conteúdo me arrisco a perdê-la na forma como a expresso, passei o ano de 2006 inteiro num exercício de autodisciplina, para mitigar este mau feitio e tentar promover um clima de cooperação, educação e respeito.

Fui assertiva q.b para manter relações que se assemelham a qualquer coisa como "cordialidade" com um colega de trabalho. Fui elogiada pelo meu chefe por isso, sobretudo porque o "colega" tem uma posição superior à minha, o que, num confronto, não me poria em grande vantagem. Devo dizer que o fiz também muito por respeito ao meu chefe e a toda a equipa que comigo trabalha, que me merece todos os elogios e respeito.

Mas não consigo permanecer "adormecida" por muito mais tempo... é que me lixam estes meios-poderes, que não têm a força para tomadas de decisão importantes, em termos gestionários de fundo, mas que têm o poder suficiente para foderem a vida dos outros, só pelo prazer de lhes complicar a vida!!

Um dia há-de cruzar-se com um meio-poder superior ao dele e quiçá, ainda mais hipócrita e velhaco... há-os por aí a pontapés!!

domingo, janeiro 07, 2007

Sorriso maléfico

É assim que fico quando descubro que sou mais gira e sensual que a nova aquisição!!
ahahahahahaahaha!!
Quase ouço "as saudades que já tinha da minha alegre... lá lá lá"

(ok, tou a ser mazinha. pela foto, a rapariga até parece ser boa pessoa)

mas não consigo controlar este sorriso e euforia maléficos!
A essência de nós próprios também tem destas emoções primárias, certo?
Algures dizem que descendemos dos macacos.
Então buga macacar!!

Detalhes

Porque a minha vida é feitas de detalhes que transbordam, a menina criou um outro espaço aqui.
Entrem e sentem-se.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Reflictamos

Ora bem. Vamos reflectir em conjunto.

Não sou "de berço" mas tive "um berço" o que implica uma educação criteriosa em relação à moral e bons costumes. É certo que às vezes me "prende" os movimentos, mas não será menos certo que me deu o esqueleto de toda a minha formação.
Aqueles conceitos que eu tanto respeito como a lealdade, a justiça, a honestidade, a amizade, vêm sem dúvida daí e sinto-me grata por os ter.

No âmbito deste setting, pergunto-me inúmeras vezes como é que se pode fazer sexo sem amor. (Não, também não me considero quadrada. Aliás, junto dos meus amigos mais íntimos sou a da "pancada na mona")
Bem sei que existe e que se pratica por esse mundo fora, mas será possível??
No que concerne a uma relação de amor, tudo se permite, desde que ambos estejam de acordo e daí poder haver momentos de sexo puro e duro que podem ser sublimes sem aquela coisa do "amo-te muito" ou "quero ter um filho teu para fazer transbordar este amor" ou "não consigo imaginar a minha vida sem ti", com os olhos a meia haste, o que nos faz uma cara aparvalhada, convenhamos.
Adiante.
Pergunto-me se será possível que duas pessoas que pouco ou nada se conhecem, tenham momentos de intimidade física ao ponto de partilharem com o outro a plenitude de um climax.
Além de que, o que nos pôe a hormona aos saltos é o desejo e como posso eu desejar alguém que não conheço, que não me fez ainda activar os meus esquemas de desejo? (ok, casos como J. Clooney ou Dr. House não contam. O amor platónico leva-nos a acreditar que tudo é possível).
É quase como nas aulas de revisões em que não tinhamos dúvidas porque... ainda não tinhamos estudado nada.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Voltei!

E que tal essas festas?
Muitos presentes e goluseimas, suponho.

E agora! uns dias de férias de trabalho e de filha para pôr a leitura, escrita e descanso em dia.
ENA!!!!

terça-feira, janeiro 02, 2007

Porque...



... me pareceu tão apropriado à fase que estou a atravessar, apeteceu-me ter/ler este livro.

E agora que o ano novo está aí...

... já pensaram em todos os disparates que podem fazer em 2007?
... já se deram conta da infinidade de coisas boas(e de boas coisas) que estão à vossa espera...?

Isto é a parte melhor de Janeiro: 365 dias inteirinhos a estrear...
Já há planos?