Os meios-poderes
Muitos, de entre todos os que me conhecem, acham que eu tenho mau feitio. Alguns, sabem que os "maus fígados" advêm de uma extraordinária intolerância a tudo quanto são injustiças e tratamentos discriminatórios, injustificados e fruto de meras incompatibilidades de feitios. E mais sabem que estas coisas, para mim, quando transportadas para o universo profissional, ainda me dão mais ataques de fígado.
E se já me alteram o metabolismo quando é com os outros, quando a coisa se passa comigo, ... enfim... venham de lá litros de sais de fruto!...
Por me conhecer, por saber que por vezes, tendo razão no conteúdo me arrisco a perdê-la na forma como a expresso, passei o ano de 2006 inteiro num exercício de autodisciplina, para mitigar este mau feitio e tentar promover um clima de cooperação, educação e respeito.
Fui assertiva q.b para manter relações que se assemelham a qualquer coisa como "cordialidade" com um colega de trabalho. Fui elogiada pelo meu chefe por isso, sobretudo porque o "colega" tem uma posição superior à minha, o que, num confronto, não me poria em grande vantagem. Devo dizer que o fiz também muito por respeito ao meu chefe e a toda a equipa que comigo trabalha, que me merece todos os elogios e respeito.
Mas não consigo permanecer "adormecida" por muito mais tempo... é que me lixam estes meios-poderes, que não têm a força para tomadas de decisão importantes, em termos gestionários de fundo, mas que têm o poder suficiente para foderem a vida dos outros, só pelo prazer de lhes complicar a vida!!
Um dia há-de cruzar-se com um meio-poder superior ao dele e quiçá, ainda mais hipócrita e velhaco... há-os por aí a pontapés!!
11 Comments:
Quando quiseres dou explicações acerca de hierarquias.NUNCA mas NUNCA frontalidade.É derrota certa.
Dispara... dispara...
Mau feitio? Não acho, de maneira nenhuma, não acredito : )
Mas ainda que sim, caramba, um ano a contemporizar só demonstra um grande auto-controle.
A porra maior é que situações dessas não têm tendência a melhorar...
E eu que caio que nem uma patinha na cena do confronto. Não aprendo mm!!
Xiça!
Lusitânea tem razão. Estou com a Sol. DISPARA! pode ser que o people aqui aprenda.
É triste mas parece que temos que ser o menos frontais possiveis para nos safarmos no mundo do trabalho.
Que se fodam todos.
bjinhos
pois é...ja nem os suporto mas, n os vou deixar apanhar-me.Só me vao ouvir qd tiver q rebentar, até la vou fazendo exercicios respiraçao, passar pouco tempo a falar-lhes, só atraves de mail.Para alem de estar à espera de ficar sem carta 60d!!!nao ha-de ser nada!!!Precisa-se mudança!!!Heheheheh(indiferença)
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O Maleficio das Ideias, reabriu as suas portas.
A gerência é a mesma, as ideias são semelhantes, o caminho é igual, só a imagem é que é enganadoramente diferente!
Eu tb me deixei de frontalidades. Mas recorri a uma técnica cool: depois de um desaguisado com um colega ou um chefe, em que eu me alterava e chispava ódio p'los poros e p'los olhos, retirava-me de cena alguns minutos. Depois voltava com um sorriso condescentente e perguntava-lhe : " - Então, estás mais calmo?" Isto desconcerta-os, acreditem:)
Estou em desacordo... Sorry!!!
Depois de muitos e bons anos de trabalho, começo a chegar à conclusão que a frontalidade é o melhor para conseguirmos o que queremos e para ficarmos bem com nós próprios!!!
Pelo menos não fico a bater mal, por não ter dito aquilo que deveria ter dito...
Ficaria aqui muito tempo a falar de frontalidade não fossem as horas que são... (desculpem, mas acabei de chegar a casa depois de ter enfrentado várias frentes!!!).
Sejam frontais que afinal vale a pena...
Eu não perco uma para o ser hoje em dia, e sinto-me tão bem com isso, que nem imaginam!!!
Kisses
Mau feitio...?
Onde é que eu já ouvi isto?... :)
Estou contigo no esforço da auto-contenção, mas comigo também não tem resultado muito...
Se bem que o mocito que também vive lá em casa (queria evitar a palavra "marido", neste blog :D) tem feito em mim maravilhas neste capítulo!
No entanto, concordo com a Curiosa: a frontalidade, desde que com educação, é a melhor forma de estar na vida.
(Talvez com a excepção de quando vamos a conduzir e ultrapassamos de forma pouco segura! Aí a frontalidade pode fazer com que deixemos de estar na vida e isso não é fixe) :D
Que cena !!!
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