Conversa de gente grande...
Tal como a DIVertida, existem muitas coisas que esta nova condição de mãe de família monoparental me trouxe (este termo, “monoparental”, kills me…).
Gosto de decidir sozinha se durmo mais cedo ou se fico a ler um livro na cama; ou se preparo uma refeição completa ou se faço uma refeição ultra-rápida; ou de ouvir as minhas músicas preferidas repetidamente; gosto de pegar no carro e ir sem destino, até onde me apetecer, sem sentir culpa por não estar ao pé de alguém; gosto de ter tempo para mim; ou de dormir atravessada na cama com 4 almofadas só para mim; gosto de dizer aos miúdos se querem vir dormir com a mãe, sem sentir que estou a violar uma regra básica da pedagogia (bardamerda para a tal regra, que os putos são pequenos e daqui a alguns anos, crescem e acaba-se o bem-bom…). Gosto, sobretudo, de sentir que estou viva…
O outro lado da liberdade, porém, às vezes, é pesado…Quando estou no meu período com os miúdos, as conversas obviamente gravitam em torno dos seus problemas, da sua vida, do que foi o seu dia. Acompanhar crianças pequenas que ainda estão em fase de "digestão" de uma separação requer muita dedicação, atenção a pormenores muitas vezes imperceptíveis... E, pese embora o meu círculo de amizades e familiar seja muitíssimo razoável, proporcionando sempre programas e convívios, a verdade é que, à noite, quando eles se deitam, faz-me falta aquele período de conversa “de gente grande”…
4 Comments:
Como te entendo, Separada... O ano passado, nas férias, estive sozinha com a rainha duas semanas... Achei que ia enlouquecer... Já nem sabia falar... : ))
Conversa de gente grande?! Mas conseguias ter conversa de gente grande com ex? Pois em minha casa apenas (eu) monologava...
Pra isso prefiro mesmo estar só e fazer as minhas escolhas qd e como me apetece.
joquinhas
Ehehe...ta decidido... tenho q me casar e separar pra... entrar nestas vivencias!:)
DIVertida, nos primeiros tempos conseguia! Sabes, discutir um filme, um livro, uma ideia...a partir de uma certa altura, mais ou menos por alturas do "descarrilamento", começei a achar que o melhor era falar com os botanitos porque as conversas com o ex começavam a ser surrealistas demais...
Bjitos!
Divorciada, as férias! Não fora pelos amigos e ficava doida!
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