Desencaixada
Há dias (muitos dias mesmo) em que sinto que não me identifico com ninguém (não me refiro ao sexo oposto, entenda-se).
Parece que as escolhas que fui fazendo e refazendo me distanciam de toda a gente.
Como se existissem pessoas com um ou outro episódio de vida semelhante, mas no global serei sempre a eterna rebelde.
Dá uma sensação de solidão tão grande!
Se ser rebelde até há uns anos me dava gozo e prazer, como fora da lei (calma... apenas gostava mais da noite que do dia), agora sinto-me desencaixada na minha pele, ou seja, o que me continua a deixar extasiada considera-se fora de tempo.
Para enfatizar mais a questão, desde há 3 anos (xii... tanto tempo...) tenho uma vida imposta, apesar de escolhida por mim, a atirar para o cinza mesclado, quando EU AMO COR. (estranho, não?! Não. A cena do "casar e ter filhos" nunca foi o meu sonho de criança).
Agora, mais do que nunca me vejo, sempre, na obrigação de pensar no dever e nunca no prazer.
Bem sei que isto é normal, que acontece com toda a gente, que é mais uma fase de crescimento e introspecção, que a fase da doideira já passou e não volta, mas isso... não me regala.
Bem sei que passo o dia a sorrir, que até curto imenso uma ou outra música... mas isso não me basta.
Sinto-me desencaixada......
15 Comments:
Correndo o risco de ser politicamente incorrecta...Oh Melher Encaixa-te!!!Kerer é poder...Há k aproveitar (mtoooo) bem as folgas k temos de modo a compensar os deveres k nos são impostos.
heheh, tb estes dias tenho lembrado dos passeios aventura sem hora,das viagens...e os bebes tem horas e isto de ser div., e ter k pedir autozçao ao Pai pra sair do país é 1m pouco aborrecido!!!Mas td a seu tempo...com ritmos diferentes, com muitos Sorrisos à mistura:-)
Bjufas, Olga
Acho que não és a única que deves enquanto se sente assim...eu tb sempre fui 'rebelde'...entretanto casei e com 2 filhos tenho acalmado...mas ainda estas férias tive uns 4 dias de loucura (borga, copos, saídas, passeios de barco) sem filhos e sem marido e recarreguei as baterias...
bjs
Agora que sou mãe, confesso que nem tenho muito tempo para pensar sequer... no entanto por vezes dá-me uma nostalgia dos meus tempos de "doida varrida" em que me divertia a valer com tudo e com nada!!!
Isso passa... com o tempo... a gente acalma, e heis que há um dia, em que o piolho fica com os avós e relembramos tudo numa só noite... aconteceu comigo... adorei!!!
bjs
estrunfina:
esclarecida como que falamos via msn??
b.:
desta vez não é nada do outono. (este desgraçado nao tem de ter sempre a culpa).
Esperarei ansiosamente (mas sentada, pk pode demorar) pela tal coisa boa...
ofyt:
tudo a seu tempo... sábia frase.
ritmos diferentes... soberbo.
com muitos sorrisos à mistura... é o q me tem valido.
lxexpo:
e o q fazemos quando ainda não nos apetece acalmar, ou ainda, quando achamos que nunca vamos acalmar? Qd acalmar é desencaixar...
isabel pinheiro:
o problema é que me recuso a aceitar que "Isso passa... com o tempo... a gente acalma".
Eu quero a minha vida cheia de cor, se calhar não como foi outrora, mas cheia de cor!!
recuso-me a aceitar a acalmia apesar dos filhos.
caramba! nós temos de ter vida para além deles!
beijocas para todas
Eu fico com a Kika de vez em qdo.De certeza q terás mais convites das pessoas para tal, mas tb sei q qdo assim é ficas com os 2 pratos na balança e a razão diz sp q é imaturo deixares a tua filhota com alguém p'ra ires curtir. Pelos menos era esta a luta q eu teria com a minha, razão, entenda-se. Eu recuso-me ainda hj a aceitar esta eterna mania do tuga de achar q lá pq casou e teve filhos tem q morrer pro mundo.Há mtas coisas q me irritam nos espanhóis, mas há coisas em q os invejo, e uma delas é exactamente a capacidade de continuarem a viver sem os estúpidos remorsos com q nós nos culpabilizamos eternamente, e serem capazes de, sem sofrer por tal, deixarem os miúdos com pais, amigos, família, para durante UMAS HORAS terem conversas de adultos q não requeiram um inho ao fim de cada palavra.
E conversas com adultos q falem de outras coisas para além de filhos, maridos, namorados, divórcios...
Um grupo q só aparvalhe por aparvalhar, e fale de música, interesses em comum (q não os já descritos), viagens, etc.
Mesmo assim, o vazio no meio da multidão tem a capacidade de se instalar.Pq eu acho q não temos q ser capazes de nos identificar, apenas "empatizar".E para tal,só nós podemos abrir as portas, pq é algo q só se consegue qdo estamos bem conosco.Beijinhos grandes
PS:Vê o mail, vale?
PS2:o q eu disse, vale o q vale...
ter filhos nao signica deixar-mos de ser nós! essa é que é essa! a boca do "anule-mo-nos pelos filhos que são o futuro" é chão que já deu uvas. Deixa os miudos com alguém e tira uma noite só para ti na companhia mais louca que possas encontrar. Os filhos não devem ditar aquilo que somos, apenas condicionam os momentos em que somos :). - o meu lado poético hoje tá de todo
Foi quando ouvi um "deixa-te disso, que tens é que criar os teus filhos" em resposta a uma frase minha, em que desabafei a esperança de vir a encontrar alguém que me fizesse feliz (sim sou podre de romântica, até às náuseas), que o complexo de culpa que me assaltava de cada vez que os deixava por umas horas e ia ver umas montras ou tomar um café passou!
Essa agora? E depois?
Agora, a malta vai crescendo, vai pensando mais numas coisitas, a palavra "obragação" começa a entrar pelo léxico adentro... é verdade... o truque não é acalmar... é coordenar... aproveitar quando podemos e alancar quando devemos...
Faz tudo parte, acho eu...
Beijokas, Divy
Andorinha:
Minha linda!
Como é possível tantas sábias palavras...!!!
Agora, EMPATIZEI! senti-me EMPATIZADA!
Lígia:
Tens razão. O problema é qd se está a mtos km de distância de quem nos pode olhar pelos putos para apenas meia hora de sossego, tipo ir ao super mercado ou apenas tomar um café (Loucura!)
Como diz a Divíssima, 2 fins de semana por mês (qd as crianças vão para o pai) são autênticos balões de oxigénio. Azar dos azares, no meu caso nem isso. Paizinho só está com ela qd tem disponibilidade e isto nele é raro...
Sol:
Dás-me serenidade.
Coordenação é o termo. A ver vamos como vai correr este próximo ano.
Olá!
... pois... eu sinto-me inquieta. Creio que já tive coisas que toda a gente quer e isso não me chegou.
Agora acho que já não sei o que quero da vida e isso, de uma forma mais ou menos intensa, perturba-me... penso que já tenho 33 anos e devia ser padronizada. Mas... tb não me encaixo em lado nenhum... às vezes é bom... às vezes... é um desamparo...
A minha irmã consola-me com uma música que diz que as pessoas mais interessantes que conhece têm 30, 40 e não sabem o que querem da vida...
... bem... só falo de mim, sou autocentrada, desculpa...
Beijinhos e espero que encontres o teu "lugar" perfeito e que te sintas bem!
A fase da doideira nunca passa, é preciso saber ser doido e deitar as responsabilidades para trás das costas de vez enquando...
Fonix!
oh pessoal! desculpem lá o meu post anterior! nunca dei tantos erros ortográficos por metro quadrado! sorry
Olá DIV, só 1 palavrinha, lê bem o post da SOL, está lá tudo!! É mesmo, e não percas a tua "maluquice" nunca mas nunca, senão vais ser igual a milhões que andam por cá que parecem "automaticos", e tu não me parece que sejas mesmo nada assim. Tudo de bom para ti e vocês.
Rui
a sensação é péssima...mas vais-te encaixando...devagar...vais lá...de qualquer forma...em maior ou menor grau...muita gente tem essa sensação, se bem que acredito que isso pouco te ajuda....
tens de ter ânimo...vive cada dia como se fosse o último...beijocas doces....
Anne marie:
Quanto profundidade... percebi perfeeeeeeeeeeiiiiiiiitamente....
Araj:
Isso é que é falar!
Se bem que, gajo que é gajo, tem sempre mais hipoteses de o fazer.
Eu nunca quis dar razão à minha mãe qd dizia que cai sempre tudo me cima das mulheres. recusava-me a baixar os braços e a querer acreditar nisso, mas... ela tem razão (e não imaginas a raiva que me dá por ter de admitir isto!!)
Lígia:
tás na boa. não stresses com isso.
Rui:
bigada pela força.
Grilinha:
sempre terna e serena...
obrigada.
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