Mais um casamento

E lá fui eu a mais outro casamento... Casou a madrinha da minha filha...
A DIVertida também lá estava, lindíssima de vermelho e branco com a sua koxixinha bem dispsta a condizer com o traje da mamã..
Engraçada esta sensação que os casamentos me trazem... Sinto assim uma espécie de angústia demedida... As memórias (ainda) são muitas e ainda me fazem doer cá dentro.
As juras soam-me a falso porque me lembram demasiado as minhas. Não que as minhas tivessem sido falsas, mas o tempo encarregou-se de as falsificar...
Tinha um nó apertado na garganta, uma vontade louca de sair disparada...
Fiz um esforço brutal para não desabar em lágrimas e, de cada vez que alguém elogiava a minha filha ou o meu traje (para o caso, qualquer pretexto servia), sentia as lágrimas a bailar nas pupilas e tinha que fazer um esforço imenso para não chorar...
Tentei analisar o porquê desta emoção toda. Afinal, até já sei umas coisas de mim e já me consigo avaliar... É fácil concluir que deixei de acreditar no Amor... É fácil perceber que lamento muito ter deixado de acreditar. É fácil assumir que morro de medo de amar.

E por isso estava ansiosa por chegar à minha casa, à minha concha, à minha muralha, e chorar muito. Com esperança que as minhas lágrimas me lavem bem a alma e o coração.
Hoje, aninhar-me-ia num colo e choraria até adormecer...