Como a Fénix....

… estou a renascer das cinzas… Pouco a pouco, lentamente, como se o barulho da cura me ensurdecesse e me fizesse calar outras coisas muito importantes…
… as minhas asas estão a cicatrizar e os vazios que as ausências me deixam vão sendo geridos devagar…
… há verdades que encerro em mim e que são só minhas. Nunca as hei-de dar a ninguém porque, como me ensinou um dia uma pessoa muito sábia, devemos sempre guardar o melhor para nós. E esse proteger de dentro tem-me salvaguardado em questões essenciais.
… vou voltar a levantar voo. Pode demorar uns dias, uns meses, uns anos, mas sei o que quero. Estou lúcida outra vez e isso faz-me voltar a ter vontade de viver.

Ontem à noite já não chorei. Em vez disso, olhei para a minha filha que dormia serena e lembrei-me que sou feliz por dentro. E, apesar de me fazeres falta, (já) não estás dentro de mim.