Crónica de uma tarde do orgão genital masculino!!

Trabalho quase sempre de head-phones. É assim que me consigo concentrar no que estou a fazer, longe dos irritantes telefones, das conversas laterais e da confusão que corre ao meu lado.
Selecciono o que quero ouvir, desligo a corrente do exterior e dedico-me ao maravilhoso mundo da investigação criminal.
Ontem foi um dia para esquecer. A tarde, então, foi verdadeiramente uma tarde do falo! E falo disto com naturalidade, notem... Que nem sempre a malta tem a energia nos píncaros da aceleração.
Estava com a tensão baixíssima (e reparem que eu disse "tensão", com "n"), a cabeça latejava e implorava uns momentos de abstracção e o meu corpo perguntava-me, estupefacto, o que tinha feito para merecer o petrificante castigo de estar sentado na mesma posição há horas a fio....
Ora, um gajo não é de ferro!! Houve ali uns momentos em que, tomada de uma coragem súbita e irrefutável, me levantei da meretriz da cadeira e fui para a casa de banho... De fora ouviam-se (diz-se!) o barulho dos meus saltos no chão, o som dos meus colares a tilintar.... Saí com um ar mais feliz, mais relaxado, e até (há que dizê-lo) com um sorrisinho estúpido na cara...

E antes que o estimado leitor tire conclusões precipitadas elevando os valores de adrenalina libidinosa para níveis escandalosos... Deixe-me dizer-lhe que é fantástico DANÇAR na casa de banho a meio da tarde...
Que se fecunde a dignidade... Não há nada como dançar hip-hop e sentirmo-nos, de novo, em paz com o corpo, a alma e a vida.