Isn't it ironic? Don't you think?

Por uma questão lógica, de coerência e de razoabilidade informei o pai da minha filha acerca de uma reunião de Pais que iria acontecer no Colégio da rainha. Era mais uma palestra proferida pela psicóloga da Escola (não tanto uma reunião "normal") mas achei importante estarmos os dois presentes.
A disponibilidade foi, como é hábito, imediata. Que claro que sim, lá estarei, a que horas é. Não fiquei surpreendida. Ele é de facto muito disponível e muito predisposto nestas coisas. Mas facto é que, dez minutos antes da bendita reunião começar, recebo uma mensagem no telemóvel a dar-me conta que, lamentavelmente, estava retido numa reunião e não poderia estar presente. Que depois me ligava para eu lhe contar como tinha sido.
Contei até dez (ou onze, não me recordo bem... ok, talvez doze), limpei a canseira dos olhos desta coisa de ser mãe-sozinha-com-um-ex-marido-que-tem-a-mania-que-é-muito-presente e fui para a reunião.

Ligou-me à hora de jantar. Ficou super triste por não ter conseguido ir. Não pediu desculpa, obviamente. Era trabalho, e trabalho é trabalho. (ainda bem que eu sou desempregada, desocupada e sem muito que fazer na vida, hã?)
Não estou zangada. Nem sequer decepcionada. estou só assim com uma sensação engraçada de "isto vai ser mesmo sempre assim, não vai?"
E ontem senti que o meu suspiro se ouviu em Gibraltar.
Foi profundo e expeliu este meu vazio de "Afectos na Família Nuclear" que, ironicamente, era o tema da Palestra que a psicóloga apresentou.