Divorciadas, sim! E depois?

Alguma coisa contra mulheres com filhos, sozinhas no mundo e cheias de coragem?!

quarta-feira, março 29, 2006

História de Um Casamento Que Terminou Em Divórcio

Era uma vez uma rapariga cheia de sonhos e de planos. Queria muito viver o conto de fadas de que ouvira falar durante toda a sua infância e, aterrada com a possibilidade de ficar sozinha, para tia, um dia decidiu casar. Casou com o único homem que, até aí, a tinha verdadeiramente estimado. Não sabia ela, coitada, que a estima em tudo é diferente do amor. Ela estimava-o, também. E amava a forma como julgava que ele a amava. Mas ele era miúdo, mais novo, mais imaturo, e apesar de toda a boa vontade que mostrava ter, não estava à altura da sensibilidade ou da maturidade dela. Ela investiu muito de si naquele casamento. Aturou coisas complicadas e feias à família dele (que era, por si só, complicada e muito feia).
Um dia engravidou. Por acaso. sem querer. O terror abateu-se sobre ela porque talvez ela soubesse, no mais profundo de si mesma, que aquele casamento não seria muito mais duradouro. Chorou muito. De culpa, de frustração, de responsabilidade acumulada nos ombros. Sentia-se muito filha, estava certa que não seria uma boa mãe. Este sentimento perseguia-a. E ele não soube apoiá-la.
Começaram as discussões, os desencantos. Ela sentia-se desfalcada de afectos e de cumplicidades, ele nunca estava em casa para ela. Dizia que estava a trabalhar. Nunca ficou provado...
Quando a bebé nasceu as coisas pioraram. Ela fez uma depressão pós parto bastante grave. Mais uma vez ele não soube apoiá-la. Não tinha paciência para tantas lágrimas. E afastava-se cada dia mais e mais.
No dia 18 de maio de 2004 decidiu sair de casa. Disse-lhe que tinha deixado de a amar. Que, das últimas vezes que lhe tinha dito "amo-te" tinha sido por pena. Por pena. Porque achava que ela precisava de ouvir alguma coisa do género. Mas que não, não era sentido. Há muito tempo que deixara de o sentir.

Veio o escuro e a tristeza e a tempestade. Vieram os muitos dias em que ela se sentiu perdida, amargurada, infeliz. Houve um dia em que pensou terminar todas as coisas. Mas tinha ali um bebé pequenino que exigia a atenção dela, que não a deixava desistir... Uma âncora, um peso, uma vida que a segurava à vida... para o bem e para o mal.


O que aconteceu depois? O resto da história fica para mais tarde...
Agora vou ali enxaguar as lágrimas que estas coisas que se recordam assim, a frio, ainda doem.
E algo me diz que hão-de doer sempre...

2 Comments:

At 2:45 da tarde, Blogger DIV de divertida said...

É certo minha linda... as coisas vão doer pra sempre tendo em conta que pra sempre estaremos ligadas a eles pelas kikas.
Por vezes infelizes mas FELIZES!
bjoquinhas!

 
At 10:24 da manhã, Blogger  said...

Li o teu post!
nem sei que te diga!
são situações em que me sinto limitado em alguma ajuda que pudesse dar!
Que tipo de ajuda se pode dar numa situação destas?
Não sei bem...
um abraço?
uma mensagem de estimulo e confiança?
não sei bem...

mas gostava de te dizer que o teu filho deve ser maravilhoso!
ele deve ser uma das razões para tu viveres feliz!
e tu perguntas-me haverá mais alguma?
certamente que há!
talvez ainda não tivesse chegado a hora de tu as perceberes...

olha não sei... que te diga mais...

Um abraço forte deste teu amigo que não te conhece de lado nenhum mas que por acaso chegou a este blog e encontrou partinhas de vidas diferentes!
se te puder ser util estou aqui!!!

um abraço e uma bjoka para ti!
até breve

 

Enviar um comentário

<< Home